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terça-feira, 27 de abril de 2010

Show da Família Coimbra - Ipiabas/RJ

Passei muitos dias/noites da minha infância ouvindo o Seu Coimbra tocar violão . ERam momenos mágicos, muitas vezes acompanhado pelo Zemar, filho ainda adolescente, e pelas vozes das irmãs da D. Lourdes Coimbra, mineiras de Sete Lagoas, que vinham passar férias em Barra do Piraí. E no dia 16/04, na abertura do "CAfé, Cachaça e Chorinho", em Ipiabas, tive o privilégio de ouvir Zemar e Dehon, filhos dele, e os netos Diogo e Dudu tocando juntos, divinamente. Voltei à infância e me deliciei novamente com aquele som tão velho conhecido. E perto da Beth, Dilurdes, Cidinha, D. Lourdes....Em minhas lembranças, estava de novo na França Júnior. Suspiros profundos....

Mais sorteio de aniversário no mês de Abril!

-3º Sorteio - Uma bolsa em patchwork da Veronica Arteira .

Tudo sobre os sorteios você lê CLICANDO AQUI

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sobre a morte e sobre a vida... Sobre(tudo)Viva!

Na coluna do Paulo Coelho na REvista Globo, de 11/04/10, ele escreve sobre a certeza de que todos vamos morrer um dia, no que poucos pensam. Ele lembra que as pessoas passam a vida "preocupadas com verdadeiros absurdos, adiam coisas, deixam de lado momentos importantes. Não arriscam, porque acham que é perigoso. Reclamam muito, mas se acovardam na hora de tomar providências. Querem que tudo mude, mas elas mesmas se recusam a mudar." Ele conclui que , se pensássemos mais na morte, muitas atitudes nossas seriam diferentes, "seriam um pouco mais loucas, teríamos força e coragem para fazer coisas importantes". E me ponho a pensar...Por que não vemos as coisas por esse prisma, por que arranjamos tantos problemas, implicamos tanto com as pessoas, valorizamos coisas inúteis, falamos demais, pensamos de menos e, invariavelmente, culpamos o outro por situações, muitas vezes, imaginárias? A vida podia ser mais leve, afinal, não levamos mesmo nenhuma bagagem para o cemitério. Então, por que carregar pesos excessivos aqui? Alguns poucos vivemos buscando a verdade dentro de nós, lemos muito, discutimos sobre, refletimos, ponderamos, mas, no nosso cotidiano, repentinamente, deixamos à parte toda essa sabedoria e rodamos a baiana, magoamos e nos magoamos por quase nada... O que é isso que nos cega momentaneamente? Que necessidade é essa de fazer valer direitos, impor opiniões, desconsiderar outro ponto de vista e sofrer? Impomos muito e trocamos pouco. Claro que não é viver aceitando tudo, concordando com tudo,mas refletir mais se vale a pena se exasperar por quase nada, defender conceitos que só dizem respeito a nós, querer que os outros nos entendam sem ao menos expormos o nosso verdadeiro Eu. Por vezes, penso que somos todos atores de uma peça bastante complexa. Vivemos variados papéis,mudamos o cenário, mudamos a cor, cuidamos da trilha sonora, mas esquecemos que a nossa platéia também faz parte do espetáculo. E que precisamos perceber o impacto que causamos à ela. Precismos é aprender a viver, e não somente sobreviver. Tantas vezes o nosso corpo dá sinais de que mudanças são necessárias, de que a cabeça tem de melhorar e não percebemos. Remédios pra dormir, para emagrecer, para acalmar, para curar aquilo que só depende dessa mudança de pensamento. Mas mudar nem sempre é fácil. E o pior é que "contaminamos" o outro com nossa doença "imaginária" e não nos damos conta. Estragamos a nossa vida de a de quem está ao nosso redor, magoamos sempre quem está mais próximo. Ler bons livros, assistir a bons filmes, conversar sobre eles e sobre a vida, rir bastante, continuar sonhando e realizando, sonhando de novo e tornando a realizar... Tanta coisa boa para ser partilhada, tantas palavras boas para serem ditas, e , às vezes, usamos sempre as mais ásperas... Deixar de ser tão radical, estar abertos a outras opiniões, conhecer novas possibilidades... Mudar sempre, porque renova... Tudo isso pode nos fazer ver a vida com outros olhos! "O mundo muda quando você muda."
Sobre(tudo)Viva!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Segundo sorteio . Boneca da Casa das Bonecas de Pano de Ipiabas

Neste mês de festas (meu aniversário e niver de casamento), mais um sorteio. Agora, é uma linda boneca que me foi gentilmente ofertada pela Leila Reis, da Casa das Bonecas de Pano de Ipiabas ,que comemora, em 3 meses de blog, mais de 50 seguidores e 5000 visitas . Conheçam o trabalho dessa minha prima, que é fantástico. Bonecas de pano que trazem cor, alegria e prazer a quem as recebe. E um detalhe: esta vem com um gatinho, seu companheiro, e a certidão de nascimento da Casa das Bonecas. Um mimo só!!! Para participar, siga os passos:

1 - Deixar um comentário com nome, email e cidade neste post, até o dia 29/04.

2 - Visitar a Casa das Bonecas de Pano de Ipiabas e deixar um comentário;

3 - Quem divulgar o sorteio e o link no seu blog concorre duas vezes. Volte e avise aqui sobre a divulgação.

4 - Quem já for seguidor ou se tornar um seguidor de qualquer um dos blogs, conta a inscrição em dobro também.

Fiquem atentos. O primeiro prêmio a ser sorteado está aqui.
Na semana que vem, teremos outro prêmio. Todos serão sorteados no dia 30/04. No dia 29/04, haverá uma cláusula surpresa que aumentará as chances de quem já estiver participando.

Participe e Boa sorte!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Primeiro prêmio de abril: o livro "Pais brilhantes, Professores fascinantes"


Qualquer pessoa (no Brasil, somente) pode participar do sorteio, inscrevendo-se até o dia 29/04/10 - Alterado para dia 03 de maio , até às 12:00 h.

Para concorrer ao livro "Pais brilhantes, Professores fascinantes", de Augusto Cury, é necessário , apenas:

1 - Ler o artigo Ler é chato. SErá? de Jaime Pinsky - clicando aqui ;

2 - Comentar o artigo;

3 - Se estiver lendo algum livro no momento, colocar o nome e comentar sobre ele para que sirva de indicação para outros leitores;

4 - Se não estiver lendo nenhum livro no momento, mas tem alguma boa indicação, coloque o nome e comente.

5 - Deixar seu nome, endereço de blog ou site, se tiver, email e cidade.

OBS: - Se quiser concorrer duas vezes, anuncie o sorteio no seu blog com o link para esta postagem, e avise aqui . Quem quiser fazer isso, mas tiver dúvidas de como proceder, envie email (veronicaarteira@gmail.com) que eu ensino.

Boa sorte!!!

Ler é chato. Será?

Achei o texto muito interessante, inteligente e super atual. Vale a pena "perder um tempinho" nessa vida corrida e apreciar o que o autor discute.

"Ler é chato. Será? -
Autor : Jaime Pinsky

A idéia de que livro é chato só pode partir de quem não sabe o prazer que a leitura proporciona*

O tempo histórico não tem um compromisso muito grande com o tempo cronológico, ou mesmo o tempo psicológico: décadas no Egito dos faraós podem corresponder a anos no período da expansão ibérica ou meses do século XXI. A percepção da velocidade do tempo histórico decorre do ritmo dos acontecimentos, assim como da rapidez dos meios de transportes e comunicações. Talvez por isso, sempre que estamos em algum local tranqüilo, geralmente no interior, somos tentados a dizer que ali as coisas não acontecem e que é como se estivéssemos em pleno século XIX. É possível que, para evitar a idéia de que possamos ser vistos como retrógrados, ou fora do nosso tempo, busquemos acelerar tudo: músicas não podem ser lentas, filmes buscam ritmos alucinantes e, se não tiverem dois mortos por minuto de projeção, em média, são considerados acadêmicos. Propaga-se a idéia idiota que tudo que não é muito veloz é chato. O pensamento analítico é substituído por ‘‘achados’’, alunos trocaram a investigação bibliográfica por informações superficiais dos sites ‘‘de pesquisa’’ pasteurizados, textos bem cuidados cedem espaço aos recados sem maiúsculas e acentos dos bilhetes nos correios eletrônicos. O importante não é degustar, mas devorar; não é usufruir, mas possuir apressadamente. O tempo, o tempo correndo atrás.

Não que eu queira fazer a apologia da lentidão e da ineficiência, mas um bom concerto é feito tanto de bons allegros quanto de dolentes adágios. Além disso (e Charles Chaplin já percebia isso no início do século XX, em Tempos Modernos), ser humano é dominar a máquina e não ser por ela dominado. E aí, a meu ver, se estabelece uma das principais distinções entre ler e ver televisão. Você pega o livro, olha a capa, a contracapa, folheia sensualmente suas páginas e escolhe, livremente, aquela que quer ler. Pode pular pedaços, começar pelo fim, reler várias vezes trechos que amou, para decorar, ou que odiou, para criticar. Desde que seja seu, você pode escrever no livro (para isso ele tem espaço em branco): livro rabiscado é sinal de leitura atenta. Nada como retomar um livro lido anos atrás e ler nossas próprias notas: se forem ingênuas, rimos com a condescendência de quem cresceu; se forem brilhantes, nos preocupamos com nossa estagnação. Você estabelece o próprio ritmo de apreensão do escrito, seja ele ciência, seja ficção. Tantas vezes me furtei lendo lentamente o final de um livro pelo qual me apaixonara e do qual não queria me separar...

Já a telinha é autoritária. Ela começa o assunto quando bem entende, faz as pausas que quer, inserindo as propagandas que deseja, determina o ritmo, diz quando e para onde devo olhar. Se não estou no poder, então, é pior ainda. Tenho que ver jogo de time de que não gosto, pedaço de novela babaca, entrevistas sem sentido, assassinatos sem conta, tudo num volume superior ao que eu suporto, mas que não tenho como regular, pois estou sem o controle remoto nas mãos. Mesmo quando vejo um vídeo ou um DVD, em que posso controlar algumas dessas variáveis, lido com o personagem e a paisagem imaginados por outro, emboto a minha imaginação e me curvo diante de heróis e mocinhas prontos e iguais para todos, enquanto, no livro, cada um sonha como quiser e puder. Não é por outra razão que dificilmente gostamos dum filme baseado em livro que já lemos, mesmo quando a película é de boa qualidade como O Nome da Rosa ou Vidas Secas.

Antes que alguém pense que sou contra o cinema, ou até a televisão, devo dizer que isso não acontece, mas é que ando mesmo um pouco preocupado. Já não há mais quase nenhum consultório, laboratório e até sala de espera em prontos-socorros de hospitais que não tenham a sua televisão. E, o que é pior, ligada. O infeliz chega quebrado, estropiado, ou apenas dolorido, e se lhe impinge humor chulo, falsas ‘‘pegadinhas’’, loiras igualmente falsas, com síndrome de eternas adolescentes, de botinha e coxas de fora, animando crianças de olhares perdidos, conversas de pessoas confinadas que não têm o que dizer, entrevistas com pessoas que estiveram confinadas e que continuam sem ter o que dizer, e por aí afora. A sala tem pouca iluminação, já nem sequer tem aquelas revistas semanais atrasadas. A luz que falta e o ruído que sobra impedem que aqueles que trouxeram seus livros possam ler. As pessoas olham para a telinha, olham-se umas às outras e à sua própria condição. Com um livro na mão poderiam estar viajando, sonhando, aprendendo, conhecendo gente e lugares interessantes, idéias fascinantes, desbravando, questionando, maravilhando-se. Contudo, continuam sentadas olhando umas para as outras e para a telinha que cobra o tributo da dependência, da elaboração de frases feitas e idéias gastas.

A idéia de que livro é chato só pode partir de quem não sabe o prazer que a leitura proporciona. Assim, quero lançar aqui um pedido ou vários: aos médicos, para que iluminem melhor suas salas de espera, o que, além de deixá-las menos lúgubres, permitiria que as pessoas pudessem ler enquanto esperam. Aos hotéis, para que não se esqueçam de colocar luz de leitura nos quartos. Uns e outros poderiam manter uma pequena biblioteca ao alcance dos clientes. A concepção bastante corrente em nosso país de que diversão está sempre e necessariamente ligada ao ruído e ao álcool só pode partir de alguém que não gosta de fato do Brasil. E ele ainda merece uma oportunidade. Ou não?
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* Publicado no Correio Braziliense de 28-07-02 e na Revista Espaço Acadêmico com autorização do autor.