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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Olhos de jovem...

Sábado assisti ao Divã, um filme bastante interessante sobre a mulher da meia idade, suas alegrias, tristezas e questionamentos. Durante o filme, lembrei-me de muitas coisas, revivi situações ali retratadas, ouvi frases que já disse algum dia... A autora do livro, Martha Medeiros, soube captar bem a alma feminina da mulher depois de 40. Adorei!!! Aí me lembrei de uma situação que vivi, há alguns anos durante uma viagem, e que me fez escrever sobre ela no ônibus mesmo (talvez até já tenha postado o texto aqui, mas não tem problema, hoje ele veio a calhar):
"Ando de ônibus. Fiz a besteira de não dirigir e sou obrigada a “perder” horas preciosas dentro desse veículo. Como odeio monotonia, estou sempre trabalhando ou estudando em algum lugar distante da cidade onde moro. E aproveito pra refletir, ler, aprender cada dia mais.
Ontem, pensei nas marcas da idade. Cruéis, se considerarmos a ditadura do corpo que impera em nossa sociedade. Fantásticas, se avaliarmos todas as experiências pelas quais passamos durante esse tempo de vida.
Por que essas conjeturas? Ora... entrou um Adônis no ônibus. Lindo, moreno, com, no máximo, 30 anos. E eu apreciei. E o olhei com os meus olhos de menina, embora olhos de mulher madura. Menina que sempre soube apreciar um rosto bonito. (Epa... Não percebi que o tempo passou e que essa menina hoje usa um corpo que a sociedade “tacha” de velho, e que me foi presenteado pela idade.. Mas os meus olhos jovens olharam para um jovem.) Grande ironia, os olhos jovens do jovem olharam para uma velha. Envelhecer, eis aí um fato do qual não se pode fugir. Nosso olhar, nosso pensamento não mostra a idade, mas o corpo é soberano e não esconde nada...Muito estranha essa sensação. Percebi e não fui percebida. Olhei e não fui olhada...
Não me sinto, em nenhum minuto, envelhecida, mas me flagrei envelhecida. Não para mim, nem para os meus, mas para o mundo. As marcas permanecem e são autoritárias. Alguém, que apenas passa, não vai saber o que pode encontrar por baixo dessa armadura. Que pena! Quanto encantos e quantos afetos perdidos no meio da estrada..."

Esta sou eu...

Em setembro de 2008 escrevi minha apresentação na comunidade de uma amiga, no orkut.
Olhando Meus documentos, achei o texto e o deixo aqui:

"Mulher sou, e muito. Aliás, às vezes brinco que sou é muito homem. Pq em determinadas ocasiões, somos mais que muito s homens juntos...
Casadíssima há 33 anos, marido lindo, cheiroso, amigo, querido, e tudo o mais que só ele sabe... E fiz dois homens maravilhosos (31 e 28) pelos quais sou perdidamente apaixonada e que trouxeram à minha vida pessoas igualmente maravilhosas. Nenhum neto ainda , apesar de sonhar com eles. Há pouco tempo, levei um susto em relação à saúde e um dos meus maiores medos, que me fez chorar escondidinha, foi pensar que, de repente, eu não conheceria meus netos. Chorava por netos que eu queria ter ....
Mas a vida segue e sou valente. Ah...e artesã....espera... professora de português... Não, artesã...ah, nem sei mais...Acho que sou, na verdade, uma professora de português que adora artes...ou o contrário. Quer saber? Eu sou é feliz!!! Mas, claro, há momentos em que me sinto infeliz, a mais triste das mulheres. Isso começou depois dessa bendita menopausa. Mexeu comigo dos pés à cabeça, mas está indo embora a pontapés....
Adoro um papo, apesar de andar sem tempo para isso como gostaria, como fazia há algum tempo atrás. Mas, devagar, vou voltando. Sumo uns dias, apareço em outros, mas, sempre que puder, virei dar um oi."

domingo, 28 de junho de 2009

Na estrada..

Flores na estrada - Voltando de Três Ilhas/MG
Poeira na estrada - Indo para Três Ilhas/MG

Flores na Linha Vermelha - Indo para Niterói/RJ

Cores do sol - Indo para Araucária -Paraná


Nevoeiro na estrada - Indo para Navegantes /SC


Nevoeiro na Dutra - Sentido Rio/RJ

Proteção na estrada - N. SRa. Aparecida, na Dutra, sentidoRio/RJ


Arco-íris na estrada - Sentido Rio/RJ


Algum fã com meu nome no caminhão....rs - Subindo a serra - Dutra sentido Barra do Piraí/RJ


Descendo a serra - Chuva na Dutra - sentido Rio/RJ

Um pouco da infância...

REvendo fotos, deparei-me com lugares da minha infância, retratados por meu irmão Chico. Bateu saudade, novamente. Fui muito feliz ali.

1 - Igreja de Sant'Anna, em Barra do Piraí. Nela, fui batizada, fiz primeira comunhão, casei-me e batizei meus filhos. No seu jardim, vivi boa parte da minha vida. Pra nós, era nosso quintal. Ao fundo, o Bispado.

2 -Ao fundo, a gruta, onde nos escondíamos nas brincadeiras de pique-esconde. E, qdo eu saía à noite , (algum baile, sem meu pai saber, mas com o devido consentimento da mamãe), era atrás dela que eu ficava escondida, esperando papai sair para trabalhar às 5h da manhã, para eu entrar em casa.

3 - Sentada no degrau deste monumento, que eu não me lembro de quem é, comecei a namorar meu marido, há 36 anos.
4 - Esta é casa onde morávamos, hoje caindo aos pedaços, literalmente. Pegava a esquina toda. Tinha 5 quartos, 1 sala de jantar, 1 salinha de refeições, cozinha, despensa, quarto de passar roupa, 1 banheiro dentro de casa e 1 fora, além de uma varanda interna bem grande e toda pintada à mão pela mesma pessoa que pintou a igreja. A oficina dos meus irmãos ficava nos fundos e fazia divisa com a chácara, outro lugar delicioso pra brincar. Uma dessas janelas grandes, da lateral, era a do banheiro. Quer dizer, o banheiro dava pra rua...rs. Quem passava na calçada nos ouvia tomando banho ou.... 5 - Nesta foto pode-se perceber como a casa era quase dentro do jardim da igreja, por isso o considerávamos o nosso quintal. Na esquina lateral, era o bar do Seu Salvador, depois Bar do Maércio. Na esquina em frente ao jardim, era o armazém do Chapa e do Juarez. Comprávamos com caderneta, isto é, tudo era anotado na caderneta e pagávamos quando o dinheiro aparecia. O lago vivia cheio e a garotada tomava banho nele, principalmente quando chovia e a água transbordava. Ah...e adorávamos pegar girino no copo. Ver aqueles sapinhos pretos nadando dentro do copo era mágico.É bom lembrar, melhor ainda é saber que temos boas lembranças

Pela estrada fora...


O céu que me fascina...




Para começar bem a semana..


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Festa dos tucanos na floresta!!!

Os tucanos resolveram fazer a festa na paineira. Eram mais de 8, fazendo barulho com o bico para descascar as sementes da paina. Pura festa para os olhos e ouvidos.
Aqui, só vemos o contorno deles.

sábado, 13 de junho de 2009

Turismo em Bananal/SP

Estivemos em Bananal/SP no Dia dos Namorados. Chovia muito, não pude registrar mais belezas da cidade, mas não deixei de fotografar a Pharmacia Popular, que agora abriga um Museu. Esta é a entrada da Pharmacia, que está com a mesma família que a adquiriu em 1922, com a condição de não modificá-la nem se desfazer do seu acervo. No balcão, as ânforas de cristal.

No espelho da entrada, a propaganda de remédios antigos, bastante conhecidos. Ao fundo, os proprietários.

Este é o proprietário, Sr. Plínio Graça, que nos guiou pelas curiosidades do mundo farmacêutico. Aqui, ele mostra um antigo vidrinho de ópio. Recipientes de porcelana para fazer as misturas e as antigas seringas de injeção.
Livros antigos com as fórmulas para os remédios.

Antigos potes para as substãncias.
Ingresso para conhecer o Museu: R$2,00 por pessoa


Como não foi possível fotografar a fachada da Pharmacia, peguei esta foto e algumas outras informações no site http://www.cidadeshistoricas.art.br/bananal/bnn_mon_p.php
"A Pharmácia Popular continua tão bem cuidada quanto antes, quando abriu suas portas em 1830. Fundada pelo francês Tourin Domingos Mosnier, sofreu uma única reforma no final do século XIX, ganhando traços neoclássicos.
Inaugurada como Pharmácia Imperial, mudou de nome em 1889, após o fim da monarquia. Valeriano José da Costa, dono da farmácia naquela época, seguiu os conselhos dos republicanos e trocou Imperial por Popular.
Os balcões eram em pinho de Riga, ornados por ânforas de cristal, contendo água colorida com anilina. O chão é todo revestido com ladrilhos franceses.
"

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Caderno de Recordações


Ouvindo a música "O Caderno", relançada pelo Padre Fábio de Melo, lembrei-me do meu Caderno de Recordações. Hoje, folheando meu caderninho amarelado, vi que, em abril, esse caderno ele fez 40 anos! Ganhei do Paulinho, um vizinho e amigo querido demais, quando fiz 14 anos. Não vejo esse meu amigo há muito tempo, que pena. Sinto muita saudade!
Nestes cadernos os amigos escreviam algum texto poético e registravam o carinho pela dona do caderno. Irônicamente, o texto que o Paulinho escreveu chamava-se "Saudade"(Saudade palavra doce, Que traduz tanto amargor, Saudade é como se fosse, Espinho cheirando a flor... ) Outro detalhe interessante: sabíamos de cor os versos que escrevíamos nos cadernos, aliás, sabíamos muita poesia, fazia parte do nosso cotidiano.
Nele há poesia escrita pelos meus irmãos Luiz Antonio e Chico e outras que o meu irmão Misael ditava pra mim. Ele sabia muitas, mas não gostava de escrever, então eu escrevia com prazer. E as decorava, claro. Lá em casa havia um disco em que as poesias eram declamadas com um fundo musical, que o Misael adorava. E sabia todas, declamava para nós, para os amigos, no jardim da igreja...

No encontro de 30 anos de formatura da minha turma de ginásio, em 2001, duas das meninas que nele escreveram naquela época, registraram seu carinho novamente. É emocionante reler aquelas páginas amareladas, reler os sonhos, perceber que a amizade ficou e que hoje,quando nos enconttramos, ainda somos as mesmas meninas cheias de sonhos do início da década de 70 (Em outro post falarei , um dia, sobre a delícia de fazer parte das "meninas do Medianeira" ou das "meninas da 4a. B, de 71").
Que benção ter vivido numa época tão maravilhosa, tão rica, tão colorida, cercada de amigos tão especiais.


Deixo a letra da música para que evoque boas recordações também nos que lerem.

O caderno
Composição: Toquinho / Lupicínio Rodrigues

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
E acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...

Só peço, a você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...

domingo, 7 de junho de 2009

O tempo passa....

Um dia, esses pés que conversam com os meus, couberam na palma da minha mão. Hoje , sustentam um homem muito maior do que eu...

Saindo da concha...

Tenho ficado muito em casa, trancadinha no meu ateliê, imaginado e criando coisinhas. Porém, abandonei minha concha neste fim de semana e fui dar uma volta em Niterói, abraçar meu filhote mais velho e ver algumas novidades.
Mas, apesar do frio que está aqui, a volta para casa sempre é muito boa!
Voltando, na Ponte Rio-Niterói. Quase chegando à "Princesinha da Serra"
O contraste enriquece! Que privilégio!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dicas para viver melhor

Poder apreciar o belo, por exemplo, torna a vida um pouco melhor.

Praia de Icaraí-Niterói/RJ, foto tirada pelo meu irmão Chico.

Minha mãe sempre comprava a folhinha do Coração de Jesus e adorava ler as mensagens que destacava diariamente. Fiquei anos sem ver esse calendário, mas minha querida amiga Aninha me presenteou com um em 2009 e, de vez em quando, leio as folhinhas que destaco. A do dia 14 de maio trouxe no verso essas dicas e eu as divido com você:


DICAS PARA VIVER MELHOR

-Abrir espaço para novas idéias
-Aprender a conviver com a diferença
-Aceitar as limitações e as características de cada idade, valorizando o que elas têm de melhor
-Cuidar da saúde em todos os seus aspectos
-Fazer sempre o melhor que puder, dentro daquilo que é possível fazer
-Estar aberto às mudanças
-Viver o momento presente, pois a vida é a soma de momentos.E como dizem alguns: "A vida é curta, curta a vida."
-Procure ter momentos de oração ou faça de sua vida uma oração: silencie e converse consigo e com Deus.

Leia, reflita e faça bom proveito!